VÍDEO AULA 02 MEGÔHMETRO

Nesta vídeo aula iremos utilizar um megôhmetro da Megabras modelo Mi5500e.




Este instrumento é usado para executar testes de isolação.
Seu princípio de funcionamento consiste em geração e aplicação de uma tensão que pode variar de 500 até 5.000 Volts em um equipamento, fazendo então a leitura do fluxo de corrente entre duas partes do equipamento (ex: a carcaça de um motor e seu bobinado). Ao final da postagem clique no link e assista a vídeo aula.


Exemplo: Um motor elétrico de qualquer instalação esteja parado/desligado durante um período prolongado, 2 dias por exemplo, onde o mesmo esteja sujeito às intempéries do tempo, faz-se o teste para verificar o nível de umidade no interior do motor, entre enrolamento e carcaça, ou seja, o nível de isolação interna do motor. Com esta leitura pode-se então, o profissional, avaliar se o motor pode ser ativado/ligado ou não.



A regra geral para avaliar esta isolação é:

A resistência de isolação mínima recomendada com o enrolamento do

motor a 40°C é dada pela equação:
Rm = kV + 1
onde
Rm é a resistência em Megaohms.
kV é a tensão nominal de linha do motor, em quilovolts

Assim: se um motor é ligado em tensão de rede 440 VCA, a resistência mínima para ligar o motor é: 1,440 MegaOhms. ( Rm= 440+1MegaOhms).


Fatores que afetam a resistência de isolação

Umidade:
Uma película úmida se  formará na superfície da  isolação caso a temperatura do enrolamento esteja no ponto de orvalho do ar ambiente ou  abaixo.

Temperatura:
A maioria dos materiais varia sua resistência de isolação na razão inversamente proporcional a sua temperatura.

Estado da superfície:
Materiais depositados na superfície de isolação, tais como pó de carvão podem reduzir a resistência de isolação.

Magnitude da tensão contínua de ensaio:
A tensão de ensaio deve ser compatível com a tensão nominal do motor, para evitar queima do motor e evitar a diminuição da resistência com o aumento da tensão aplicada.

Duração da aplicação da tensão contínua de ensaio:
A resistência de isolação de um enrolamento aumenta com a duração da aplicação da tensão contínua.

Carga residual no enrolamento:
Sempre descarregue os enrolamentos para evitar carga residual nos mesmos.


Clique aqui e assista a vídeo aula



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CURVA DOS DISJUNTORES O QUE É.

A instalação de um disjuntor é uma questão de segurança, e por se tratar de uma questão de segurança , deve ser levada muito a sério. Conhecer bem as caraterísticas de funcionamento dos componentes elétricos é um diferencial nos profissionais, qualquer eletricista conhece um disjuntor, mas poucos sabem como eles funcionam. Dimensionar um disjuntor e dimensiona-lo corretamente é muito mais delicado do que simplesmente saber qual a corrente do equipamento, circuito ou instalação ao qual se quer proteger. Na verdade, se tem que saber exatamente qual tipo de carga será instalada.



Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o disjuntor e essas curvas foram separadas em categorias B, C e D.
A curva de ruptura do disjuntor é o tempo em que o disjuntor suporta uma corrente acima da sua corrente nominal por determinado tempo. Além do período de tempo as curvas de rupturas estipulam o quanto maior essas correntes podem ser em relação as correntes nominais. 
Quando se tem uma equipamento muito delicado necessita-se que a interrupção do circuito seja muito rápida, para que o equipamento não seja danificado, em compensação na partida de um motor por exemplo, para que este saia do estado de inércia e chegue a sua velocidade máxima uma grande corrente é necessária no instante da partida, nestes casos o disjunto tem que suportar a corrente alta durante um período de tempo maior.

Segue abaixo os detalhes e as características das respectivas curvas de um disjuntor.

Curva B

Um disjuntor curva B possui curva de ruptura entre 3 a 5 vezes o valor de corrente nominal, podemos dar como exemplo um disjuntor de 30 A, que atuaria a uma corrente entre 90A e 150A.
Estes disjuntores são utilizados em redes de baixa intensidade (baixa demanda de corrente em caso de curto circuito) ou onde a demanda de corrente de partida do equipamento é baixa, como instalações elétricas residenciais, cargas resistivas, tomadas, equipamentos domésticos entre outros.

Curva C

Um disjuntor curva C possui curva de ruptura entre 5 a 10 vezes o valor de corrente nominal, podemos dar como exemplo um disjuntor de 30 A, que atuaria a uma corrente entre 150A e 300A.
Estes disjuntores são utilizados em redes de média intensidade (média demanda de corrente em caso de curto circuito), como ligação de bobinas, motores, sistemas de comando, entre outros.

Curva D

Um disjuntor curva D possui curva de ruptura entre 10 a 20 vezes o valor de corrente nominal, podemos dar como exemplo um disjuntor de 30A, que atuaria a uma corrente entre 300A e 600A.
Estes disjuntores são utilizados em redes de alta intensidade (alta demanda de corrente em caso de curto circuito), transformadores de grande porte ou partida de grandes motores.

Não existe contudo disjuntores de curva A, o motivo é para que o A da curva não seja confundido com o A de ampere, unidade de corrente elétrica.



O QUE É CHAVE FIM DE CURSO OU MICROSWITCH

Uma chave fim de curso, ou do inglês microswitch, é um termo genérico usado para referir-se a um comutador elétrico que é capaz de ser atuado por uma força física muito pequena. Ela é muito comum devido ao seu pequeno custo e extrema durabilidade, normalmente maior que 1 milhão de ciclos e acima de 10 milhões de ciclos para modelos destinados a aplicações pesadas. Possui um contanto normal fechado , que quando a extremidade é tocada, comuta o contato , evitando a passagem da corrente.


Esse tipo de sensor é muito utilizado em máquinas industriais e em portões automáticos de garagem, por exemplo. Na robótica, pode-se seu utilizar esse sensor para impedir que um robô caia de uma mesa, para indicar que ele bateu em uma parede ou até mesmo como medida de segurança para impedir que algum motor seja forçado.
A função principal deste componente é “avisar” o comando que determinada situação foi alcançada, como por exemplo, uma parte móvel da máquina chegou numa determinada posição ou ao fim de seu percurso.  

Quanto aos elementos de contatos, são possíveis algumas combinações de acordo com o fabricante. Segue abaixo imagem dos contatos internos de um modelo simples encontrado facilmente no mercado brasileiro.


O acionamento de uma chave fim de curso pode ser efetuado por meio de um rolete mecânico ou de um rolete escamoteável (imagem abaixo), também conhecido como gatilho. Existem, ainda, chaves fim de curso acionadas por uma haste apalpadora, do tipo utilizada em instrumentos de medição como, por exemplo, num relógio comparador.


Esta chave fim de curso acima, acionada por gatilho, somente inverte seus contatos quando o rolete for atuado da esquerda para a direita. No sentido contrário, uma articulação mecânica faz com que a haste do mecanismo dobre, sem acionar os contatos comutadores da chave fim de curso. Dessa forma, somente quando o rolete é acionado da esquerda para a direita, os contatos da chave se invertem permitindo que a corrente elétrica passe pelos contatos do 11 para o 14 e seja desligado o contato entre o 11 e 12. Ao ser cessado o acionamento, os contatos retornam à posição inicial, ou seja, 11 interligado com 12 e 11 desligado do 14 .


Atualmente na industria, existe uma grande aplicação de fim de cursos, seja ela em guindastes, esteiras, elevadores, maquinas etc. Por esse motivo temos diversos tipos e modelos de fim de curso disponível.


O QUE É, E COMO FUNCIONA UM RELE DE TEMPO.

Rele temporizador ou simplesmente rele de tempo ou timer, é o termo utilizado para denominar qualquer relé com a capacidade de realizar operações de chaveamento com manipulação de tempo.



As principais funções desse tipo de relé são retardo na energização e retardo na desenergização e geração de pulsos.

O mecanismo do relé temporizador manipula a comutação de um mecanismo relé eletromecânico, esse mecanismo pode ser desempenhado por um sistema eletromecânico, com eletrônica convencional ou por um sistema microprocessado.

Podem funcionar de duas maneiras:

Ondellay: Quando a bobina de um rele temporizador on-delay é energizada (ou no caso de modelos de estado sólido as entradas), os contatos mudam os estados depois do um tempo pré determinado.
Offdelay: Quando a bobina ou entrada de um rele temporizador off-delay é energizada, os contatos mudam imediatamente os estados e depois de um tempo pré determinado voltam para a posição original.

São muitas as aplicações possíveis para esse tipo de relé, dentre as principais:

· Prevenção de sobrecarga no sistema de potência durante partidas de motores

· Ligação de motores de estrela pra triângulo

· Padronização de sinais para CLP’s

· Auxilio na Automação e sincronismo industrial

· Chaves compensadoras e quadros de comando


Para a correta especificação de um temporizador é necessário observar:

Escala de Tempo - significa o intervalo de tempo que este temporizador precisa ter para operar no sistema que ele será aplicado.
Ex: 0-1min ou 0-30min ou 0-60min

Função - é o mesmo que dizer, como este temporizador irá operar, Este aspecto tem que ser observado com muita atenção pois a função do temporizador definirá o resultado da ação que este tomará quando for acionado.
Ex: Retardo na energização (Função E) - o temporizador inicia uma contagem de tempo imediatamente quando alimentada sua bobina, porém o seu contato (saída) só é acionada após o tempo determinado.
Ex: Retardo na desenergização (A) - nesta função o relé ou a saída do temporizador é acionada imediatamente quando o pulso de start é acionado, porém estando o temporizador ainda alimentado, no momento em que o pulso de start é retirado o temporizador inicia sua contagem e finaliza sua operação ao final do tempo pré-determinado.

Alimentação - tensão que existe disponível  para seu funcionamento.
Ex: 24 VDC, 110VAC , 220VAC

Contato - é a "saída" do temporizador que na grande maioria dos casos é um relé, porém existe uma tendencia de uso de temporizadores com saída TRIAC ou MOSFET, denominados temporizadores de Estado Sólido, por oferecerem uma vida elétrica quase que infinita.

No campo industrial, temporizadores são largamente utilizados em processos produtivos, sejam estes, microprocessados ou com eletrônica convencional. Apesar da diminuição de seu uso com a aparição de novas tecnologias como por exemplo o Controlador lógico programável ou CLP como comumente é chamado, os fabricantes de temporizadores continuam a investir pesado em novas tecnologias que resultam em produtos mais flexíveis. Como é o caso dos timers CIM-multifunções, multi tensão, multi escalas.

A principal vantagem no uso destas tecnologias é a redução de custo para as industrias e consequentemente redução dos custos de suas manutenções. Quando aplicado a necessidade industrial um temporizador com tecnologia CIM pode substituir facilmente mais de 400 possibilidades de temporizadores de eletrônica convencional uma vez que nesta tecnologia o profissional de manutenção pode selecionar dentre as opções praticamente todas as variáveis necessárias para a especificação de um temporizador.