CONFIGURANDO UM INVERSOR CFW09 DA WEG PARA ACIONAR UM MOTOR REMOTAMENTE COM ACELERAÇÃO E DESACELERAÇÃO DE 10 SEGUNDOS E MUDANÇA DO SENTIDO DE GIRO.



O modo de operação do inversor ocorre através de sua parametrização, que é realizada através da IHM (Interface Homem Maquina) ou via computador (software)



Todos os ajustes no inversor são feitos através de parâmetros que são indicados no display através da letra P seguida de um número. Exemplo (P101).


Para realizar a programação do inversor deve-se alterar o conteúdo dos parâmetros.
Para alterar o valor de um parâmetro é necessário ajustar antes P000 =0 para P000=5 (habilita alteração dos parâmetros). Caso contrário só será possível visualizar os parâmetros mas não modificá-los.

Iremos realizar o roteiro  da parametrização para funcionar um motor via remoto, com aceleração e desaceleração de 10 segundos e mudança do sentido de rotação.


1º- Parâmetros do Motor, são dados do motor em uso: informações contidas nos dados de placa do motor.


  • Primeiramente alteramos o parâmetro  P000 =0 para P000=5 (habilita alteração dos parâmetros)
  • P400 Tensão nominal do motor: 0 a 690V
  • P401 Corrente nominal do motor
  • P402 Rotação nominal do motor: 0 a 18000 rpm
  • P403 Freqüência nominal do motor (Brasil 60Hz) 
  • P404 Potência nominal do motor: 1 a 1600 CV
  • P406 Tipo ventilação do motor: Forçada ou Natural (Autoventilado ou Vent. independente)
  • P202=2 Este parâmetro define o Tipo de Controle.
2º- Parâmetros de Configuração, definem as características do inversor, as funções a serem executadas, bem como as funções das entradas digitais.
  • P100 Define o tempo (segundos) para acelerar linearmente de 0 até a velocidade máxima:
  • P101 Define o tempo (segundos) para desacelerar linearmente da velocidade máxima até 0 rpm.
  • P133 Define limite de velocidade mínima do motor quando o inversor é habilitado.
  • P134 Define limite de velocidade máxima do motor quando o inversor é habilitado.
  • P220 Define o modo de operação do inversor, Via IHM (local) ou Entradas digitais (remoto). Selecionar P220=1.
  • P222 Referência de velocidade remota do  motor. Selecionar P222=0 ou seja, velocidade a ser ajustada para o motor será realizada pelas teclas ↑↓. Poderemos variar a velocidade pelas teclas, mas sempre dentro do limite ajustado em P133 e P134 .

  • P223 Seleção do sentido de rotação do motor: Horário/Anti-Horário. Selecionar P223=4 ou seja, mudança de rotação via entrada digital.
  • P227 Comando para ligar  e desligar remotamente o inversor. Selecionar P227=1 ou seja escolhemos ligar e desligar o inversor toda vez que uma entrada digital for acionada. 
A entrada digital de um inversor, nada mais é que um contato on/off. Vamos a um exemplo com a foto abaixo: Os bornes 1-2-3-4-5 e 6 são as entradas digitais do inversor, para que ela funcione teremos que alimenta-la com 24Vcc que sai do borne 9. Então toda vez que eu alimentar a entrada digital 2 com 24Vcc a mesma ira executar a função (inverte rotação) que esta programada e assim sucessivamente 9-3, 9-4...até 9-6. A seguir iremos programa as funções das entradas digitais.


  • P263 Seleciona a função da entrada digital DI1. Selecionar P263=1 que vai funcionar assim, toda vez que fechar 9-1 o inversor vai da permissão para o motor poder ligar quando fecharmos as outras entradas digitais. Como mostra no desenho acima, a mesma foi jampeada, e quem desejar poderá  também utilizar um botão de emergência em serie com a mesma, caso o botão de emerg. fosse acionado abriria o contato do 9-1 assim desligando o inversor.
  • P264 Seleciona a função da entrada digital DI2. Selecionar P264=0 que vai funcionar assim: Toda vez que fechar o 9-2 o motor irar mudar o seu sentido de rotação. Como exemplo podemos utilizar um botão que toda vez que for acionado o motor ira girar em sentido diferente.
  • P265 Seleciona a função da entrada digital DI3. Selecionar P265=2 que tem função de Habilita geral. Toda vez que acionada, o inversor verifica se a DI1 esta fechada e liga o motor fazendo o mesmo começar  a girar ate a velocidade programada em P002. Atenção: não confundir velocidade programa em P002 com velocidade mínima e velocidade máxima que foi ajustada no P133/P134. 
  • P266 Seleciona a função da entrada digital DI4. Selecionar P266=14 que tem a função de STOP. Toda vez que acionada o inversor irá desligar o motor fazendo o mesmo desacelerar até para de girar conforme ajuste do P101.
As outras entradas digitais P267, P268 deixar elas configuradas para =0 ou seja sem função.
Todos os botões utilizados nas entradas digitais 2-3-4 são do tipo pulsador, e caso queira implementar um botão de emergência na entrada digital 1 que seja do tipo fixo com contatos NF.




O Que é o Núcleo de um Transformador?

A invenção do transformador de potência veio em 1831 por Michael Faraday, e só no fim do século dezenove, tornou possível o desenvolvimento do moderno sistema de alimentação em corrente alternada, com subestações de potência freqüentemente localizadas a muitos quilômetros dos centros de consumo (carga). Antes disto, nos primórdios do suprimento de eletricidade pública, estes eram sistemas de corrente contínua, com a fonte de geração, por necessidade, localizados próximo do local de consumo.


Transformador de Potência.

Indústrias pioneiras no fornecimento de eletricidade foram rápidas em reconhecer os benefícios de uma ferramenta a qual poderia dispor alta corrente, normalmente obtida a baixa tensão de saída de um gerador elétrico, e transformá-lo para um determinado nível de tensão possível de transmiti-la em condutores de dimensões práticos a consumidores que, naquele tempo, poderiam estar afastados a um quilômetro ou mais e poderiam fazer isto com uma eficiência e que, para os padrões da época, era nada menos que fenomenal.

Atualmente, sistemas de transmissão e distribuição de energia são, é claro, vastamente mais extensos e totalmente dependentes de transformadores os quais, por si só, são muito mais eficientes que aqueles de um século atrás; dos enormes transformadores elevadores, transformando, por exemplo, 23,5KV (19 KA) em 400KV, assim reduzindo a corrente a valores práticos de transmissão de 1.2KA, ou então, aos milhares de pequenos transformadores de distribuição, as quais operam quase continuamente, dia-a-dia, com menor ou maior grau de importância, provendo suprimento para consumidores industriais ou domésticos.




Afinal o que é o núcleo de um transformador ?

O núcleo do transformador é responsável por transferir a corrente induzida no enrolamento primário para o enrolamento secundário.
O núcleo é constituído por um material ferromagnético, que contém em sua composição o silício, que lhe proporciona características excelentes de magnetização e perdas. Porém, este material é condutor e estando sob a ação de um fluxo magnético alternado, dá condições de surgimento de correntes parasitas. Para minimizar este problema, o núcleo, ao invés de ser uma estrutura maciça, é construído pelo empilhamento de chapas finas, isoladas com Carlite.




Presta-se especial atenção para que as peças metálicas da prensagem sejam isoladas do núcleo e entre si para evitar as correntes parasitas, que aumentariam sensivelmente as perdas em vazio. Estas chapas de aço durante a sua fabricação na usina, recebem um tratamento especial com a finalidade de orientar seus grãos. É este processo que torna o material adequado à utilização em transformadores, devido a diminuição de perdas específicas.
É também com a finalidade de diminuir as perdas, que nestas chapas são feitos cortes a 45º nas junções entre as culatras e os pilares

Corte a 45º para diminuir as perdas do transformador em vazio.

Os tipos de chapas de aço silício mais utilizadas são: M4 da Acesita; M0H e equivalentes; 023ZDKH-90 e equivalentes.
O núcleo juntamente com os enrolamentos, são os componentes que constitui a parte ativa de um transformador.



O QUE É UM CONTATOR.

O contator é um dispositivo de manobra eletromecânico, acionado eletromagneticamente, constituído para uma elevada frequência de manobras e seu arco elétrico é extinto no ar.

Alguns modelos de contatores

O contator é constituído por uma bobina que produz um campo magnético, que junto a uma parte fixa, proporciona movimento de uma parte móvel. Essa parte móvel por sua vez altera o estado dos contatos de potência e contatos auxiliar. Os contatos que estão abertos fecham e os que estão fechados abrem.


Bobina e parte fixa do núcleo 
Os contatos internos de potência










Os contatos de potência, geralmente são formados em grupo de 3, devido sua aplicação em circuitos trifásicos. Já os contatos auxiliares são usados para realizações de comandos elétricos, ou seja eles suportam uma corrente bem menor que a dos contatos de potência.


Os contatos móvel de potência
Contatos auxiliares












Suas principais vantagens:

*Suporta um elevado numero de manobras

*Grande vida útil mecânica
*Pequeno espaço para montagem
*Tensão de operação de 85% a 110% da nominal prevista

Para usar um contator é preciso levar em conta a tensão de sua bobina, que vai determina como ele é acionado, e a corrente máxima de seus contatos.


Bobina do contator, a parte verde, são as especificações elétricas.

Os contatores são especificados por sua corrente nominal (IN) que deve ser obrigatoriamente levada em conta. E é altamente recomendável, especificar um contator com uma corrente de 10% a 20% superior a corrente nominal de seu circuito, assim evitara o desgaste prematuro dos seus contatos de potência.



Clique aqui download vídeo aula ensinando a realizar uma manutenção preventiva em um contator de potência.



DISJUNTOR MOTOR

Disjuntor motor Siemens de 0,7 a 1 Ampere
São dispositivos de proteção para um circuito principal. Eles combinam controle e proteção do motor em um único dispositivo. São basicamente utilizados para ligar e desligar os motores manualmente e protege os motores e as instalações sem fusíveis contra curto circuito, sobrecarga e falta de fase. Proteção sem fusível com um disjuntor motor economiza custos, espaço e assegura uma reação rápida em condições de curto circuito, através do desligamento do motor em milissegundo.

O Disjuntor Motor possui a função de proteção e de seccionamento. Interrompe a passagem de corrente ao ocorrer uma sobrecarga através do disparo térmico ou curto-circuito através do disparo eletromagnético. Sobrecarga é uma corrente superior a corrente nominal que durante um período prolongado pode danificar o cabo condutor e o equipamento. Esta proteção baseia-se no princípio da dilatação de duas lâminas de metais distintos com coeficientes de dilatação diferentes. Uma pequena sobrecarga faz o sistema de lâminas deformarem-se (efeito térmico) sob o calor desligando o circuito. A proteção contra curto-circuito se dá através de dispositivo magnético, desligando o circuito quase que instantaneamente (curva de resposta do dispositivo).

Os disjuntores possuem algumas vantagens pois são religáveis e não precisam de elemento de reposição e pode eventualmente serem utilizados como chave de sessionamento.
Alguns modelos de disjuntores motor

Possuem alta capacidade de interrupção, permitindo sua utilização mesmo em instalações com elevado nível de corrente de curto-circuito. Asseguram total proteção ao circuito elétrico e ao motor através de seus disparadores térmico (ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado de mecanismo diferencial com sensibilidade a falta de fase) e magnético (calibrado para proteção contra curtos-circuitos).



Ajuste do disparador térmico. (ajustado conforme corrente nominal do motor)

O disjuntor motor deve ser ajustado ao valor nominal do motor. São necessárias correntes maiores na partida do motor. Durante o período de partida, o disjuntor motor deixará a corrente passar e não disparará, seguindo os padrões internacionais e as curvas para partida de motor e operação.



O QUE É UM POTENCIÔMETRO?

Um potenciômetro é um dispositivo relativamente simples. É uma resistência eléctrica ajustável manualmente, que utiliza três terminais. Pode ser usado para medir posição, direção, corrente , tensão etc.


 Potenciômetro de uma única volta

O potenciômetro é uma resistência que pode ser ajustada por intermédio de um curso, o qual esta em contato com uma resistência ligada a dois terminais. O curso ou contato móvel tem sua saída ligada ao  terminal cursor. O contato móvel do potenciômetro se desloca do valor zero ( resistência mínima ) ao valor máximo ( resistência máxima ).


Potenciômetro aberto.

Podemos notar que na imagem abaixo temos um potenciômetro aberto. O mesmo apresenta uma trilha circular de carvão depositado, chamada de pista, sobre o qual se move o contato móvel do cursor que é fixado ao eixo rotativo. Assim a resistência entre os seus dois terminais extremos ( terminais A e B ) é fixa em seu valor nominal (exemplo 10 K). Já o valor da resistência entre um dos terminais da extremidade e o terminal  do cursor ( terminais A e W ou B e W ) dependera do posicionamento do cursor.


Potenciômetro e seus aspectos internos.
Os resistores variáveis construídos a partir de carbono são os mais baratos da sua família, apresentam uma qualidade média em relação ao tempo de vida do elemento resistivo e do ruído.



Alguns tipos de potenciômetros

Os materiais utilizados na construção do elemento resistivo dos potenciômetros varia conforme as características desejadas, como por exemplo a exatidão dos valores da resistência , capacidade de dissipação de potência, tempo de vida ou características de aplicação. Dessa forma, os potenciômetros podem ser construídos a partir de carbono, uma liga de cerâmica e metal conhecida como cermet, plástico condutivo e fio.